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Caldas Novas: passado, presente e futuro

Enviado por Gilberto Godoy
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     Caldas Novas pertencia a Capitania de São Paulo, quando Brasil era colônia de Portugal. Em 1722, época do descobrimento das águas termais de Caldas Novas, o governo português, ávido pelas nossas riquezas minerais, guardou-as para futuras explorações.

     Todavia a exploração seguia com o passar dos anos. Bartolomeu Bueno Filho, filho de Anhanguera, por aqui andou. Depois Martinho Coelho, procedente de Santa Luzia (hoje Santa Cruz) considerada a primeira capital de Goiás, que a denominou de Caldas Novas de Santa Cruz.

     Finalmente, na parte oriental da Serra de Caldas, as fontes termais de Caldas Novas viraram história. Uma história com seus lances de lenda, coragem e perseverança. Conta-se que Martinho Coelho de Siqueira, numa de suas conhecidas caçadas de animais silvestres, sentiu de perto a agonia dos seus cães. Em desabalada carreira eles passaram á sua frente como que atiçado por um fogo desconhecido, sendo descoberto a Lagoa Quente do Pirapitinga.

     Nascia aí a primeira história das águas quentes de Caldas Novas, história de um arraial que virou cidade. E hoje é a capital mundial das águas quentes.

     Emancipação

     Liderados por Bento de Godoy vieram Orcalino Santos, Victor Ozeda Alla, João Batista da Cunha e outros. Eles chegaram à pequena vila que já começava a virar cidade a partir de 1900. A autonomia política, concedida a Caldas Novas, deu-se graças à solicitação destes à sede de Morrinhos.

     Em 1911, por ordem de presidente do Estado, Urbano Gouveia, no dia 5 de julho nomeou o coronel Bento de Godoy como presidente da primeira intendência que foi instalada no dia 21 de Outubro. Desde então, nesta data se comemora o aniversário de Caldas Novas.

     Foi durante sua administração (1911 a 1915) que Caldas Novas tomou um novo impulso para o desenvolvimento. A cidade crescia, graças à dedicação e grande força de vontade de: Bento de Godoy, Orcalino Santos, Victor de Ozeda Allá, João Batista da Cunha, Joaquim Rodrigues da Cunha, José Teófilo de Godoy, Orcalino Costa, Josino Ferreira Brettas, Modesto Pires do Oriente, Joaquim Gonzaga Menezes, Luiz Gonzaga de Menezes, Orosimbo Correia Neto, Olegário Pinto, Orlando Rodrigues da Cunha (Mestre Orlando), Oscar Santos e Celso Godoy.

     Além de muitos e muitos outros, são nomes que a história de Caldas Novas reverencia hoje e jamais as esquecerá.

     Na verdade, a história de Caldas Novas começa bem antes da saga do coronel Bento de Godoy. Diz a tradição que um dos grupos exploratórios da bandeira de Bartolomeu Bueno, na rota que seguiu entre o sítio do Catalão e as margens da Lagoa Feia, localizou as águas quentes pela primeira vez. 

     Segundo Juca de Godoy, o grupo designado para explorar o maciço tocou pela esquerda do rio Corumbá na direção Norte, tendo cruzado o rio abaixo da barra do Pirapitinga. O lugar ainda hoje tem o nome de Porto do Fundão, dado por eles por causa da furna em que o rio corre. 

     Enquanto tentavam achar ouro na costa ocidental da serra, os bandeirantes encontraram as fontes, que formavam um ribeirão repleto de cachoeiras e em cujas margens assentaram seu primeiro arranchamento. O local é muito próximo de onde está estabelecida hoje a Pousada do Rio Quente. 

     A descoberta estimulou novas explorações no leito dos córregos. Não demorou muito e a planície revelou outras fontes termais, menos abundantes, mas de temperatura mais alta. E para diferenciar os dois sítios, o da encosta da Serra e o da planície, deram-lhes os nomes de Caldas Velhas e Caldas Novas. Por volta do ano de 1770, o minerador Martinho Coelho de Siqueira tomou conhecimento do ouro encontrado nas encostas da Serra, no local que ficara conhecido como as Águas Santas de Santa Cruz. Ele deixou Santa Luzia (hoje Luziânia) e se transferiu para o local com parentes, agregados, escravos e tudo o que tinha.

     Os anos que vão de 1909 a 1923 foram os mais importantes da história de Caldas. Entre 1909 e 1910, o coronel Bento aprovou o projeto de Juca de Godoy para urbanizar a currutela que Caldas representava na época. Com o auxílio do teodolito, Juca implantou o traçado urbano generoso e amplo (o mesmo que existe no centro de Caldas até hoje), retificando e alargando as ruas, criando praças e preparando a vila que, em 1911, tornou-se sede do município de Caldas Novas.

     Em 1913, a ferrovia saltou o Paranaíba e reforçou a importância de uma ponte que permitisse a construção de uma estrada de rodagem ligando Caldas Novas a Ipameri. A possibilidade concreta disso se tornar realidade começou a ser articulada em julho desse ano, com a posse do governador Olegário Pinto.

     O então prefeito de Caldas, coronel Bento de Godoy, adquiriu duas diligências para serem colocadas numa linha de Caldas a Ipameri: uma até o rio Corumbá e a outra, da margem oposta até Ipameri.

     Finalmente, em 1918, o coronel Bento conseguiu do presidente João Alves de Castro a concessão para exploração dos serviços da ponte. Em troca do pedágio, Bento de Godoy arcou com os duzentos e oitenta contos de réis que a ponte custou. 

     Referencia bibliográfica:

Águas thermaes de Caldas Novas - ( Dr. Orosimbo Correia Neto – 1918)
As Fabulosas águas quentes de - Caldas Novas – Taylor Oriente
Caldas Novas, Ontem e Hoje – Ana Cristina Elias / 1994.
Caldas Novas a nossa cidade - (Cartilha) –.Magali Izuwa / 2003.
Caldas novas da mineração ao turismo - ( Ricardo Cassiano 1988)
Mistérios Das Águas Azuis – ( Maria Cândida de Godoy 1993)
Historias e Estórias de Caldas Novas - (Jose Theophilo de Godoy 1978)

 

 

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