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O mundo não será o mesmo depois dele

Enviado por Gilberto Godoy
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      Morreu ontem aos 56 anos Steven Paul Jobs, o empresário criador da Apple, maior empresa de capital aberto do mundo, do estúdio de animação Pixar e pai de produtos como o Macintosh, o iPod, o iPhone e o iPad. Idolatrado pelos consumidores de seus produtos e por boa parte dos funcionários da empresa que fundou em uma garagem no Vale do Silício, na Califórnia, e ajudou a transformar na maior companhia de capital aberto do mundo em valor de mercado, Jobs foi um dos maiores defensores da popularização da tecnologia.

 

      Fonte: Wikipédia

     Steven Paul Jobs (São Francisco, Califórnia, 24 de fevereiro de 1955 — Palo Alto, Califórnia, 5 de outubro de 2011[6]) mais conhecido como Steve Jobs, foi um inventor, empresário e magnata americano no sector da informática. Notabilizou-se como co-fundador, presidente e director executivo da Apple Inc.[7] Foi também director executivo da empresa de animação por computação gráfica Pixar e accionista individual máximo da The Walt Disney Company.
 
     No final da década de 1970, Jobs, em conjunto com Steve Wozniak e Mike Markkula, entre outros, desenvolveu e comercializou uma das primeiras linhas de computadores pessoais de sucesso, a série Apple II.[7] No começo da década de 1980, ele estava entre os primeiros a perceber o potencial comercial da interface gráfica de usuário guiada pelo mouse, o que levou à criação do Macintosh.[8]
 
     Após perder uma disputa de poder com a mesa diretora em 1984, Jobs demitiu-se da Apple e fundou a NeXT, uma companhia de desenvolvimento de plataformas direcionadas aos mercados de educação superior e administração. A compra da NeXT pela Apple em 1996 levou Jobs de volta à companhia que ele ajudara a fundar, e ele serviu como seu CEO de 1997 a 2011, ano em que anunciou sua renúncia ao cargo, recomendando Tim Cook como sucessor.

 

     'Steve Jobs foi um revolucionário' - Fonte: Veja Digital

     Autor de dois livros sobre o método de trabalho do pai da Apple, Carmine Gallo diz que o executivo reinventou não um, mas quatro setores da indústria

     Atualmente, ninguém escreve tanto sobre Steve Jobs quanto Carmine Gallo. Especialista em treinamento de empresários e colunista da revista Businessweek, Gallo produziu dois livros (Faça como Steve Jobs e Inovação, A Arte de Steve Jobs) sobre o método de trabalho do ex-CEO da Apple, sempre tentando revelar as vantagens de seguir os passos de Jobs – e inovar no mundo dos negócios. Para Gallo, contudo, Jobs foi além da inovação. Foi um revolucionário. "Poucas pessoas conseguiram revolucionar uma indústria. Ele revolucionou quatro: computadores, telecomunicações, filmes e música", diz o americano. Confira a seguir a entrevista que ele condeceu ao site de VEJA.

     Qual foi a maior contribuição de Jobs para a Apple e para a indústria? Ele mudou totalmente o modo como interagimos com equipamentos digitais. Se não fosse por Jobs, ainda estaríamos digitando linhas de comando, em linguagem de máquina! Certo, estou exagerando, mas não muito. Poucas pessoas conseguiram revolucionar uma indústria. Ele revolucionou quatro: computadores, telecomunicações, filmes e música.
 
     Qual é o legado de Jobs? Ele enriqueceu nossas vidas, seja você um usuário de Mac ou não.
 
Jobs é apenas carisma? Já ouvimos muitas histórias sobre seu estilo de gerência. Acredito que parte do seu carisma se devia à visão que ele tinha sobre os computadores e como eles iriam mudar o mundo.
 
     O senhor acredita que o budismo influenciou o trabalho dele? O conceito de simplicidade que existe no budismo influenciou muito o modo como ele queria que seus dispositivos fossem construídos. Isso também impactou suas apresentações, diretas e minimalistas.
 
     O que fez dele um homem tão único? Seu extraordinário poder de comunicação. Em geral, líderes são confusos e chatos. Uma apresentação de Jobs era um evento teatral completo, com heróis e vilões, diversos personagens e slides primorosos.
 
     Como será a Apple sem Jobs? No curto prazo, a empresa irá continuar a entregar novos e fantásticos produtos. Minha preocupação é com o futuro distante: quem vai liderar a companhia depois que as pessoas que tinham contato direto com Jobs também deixarem a Apple? A visão dele era central para tudo. Algumas empresas continuaram o legado de seus fundadores – a Disney é um bom exemplo –, mas poucas conseguem isso.
 
     Sem Steve Jobs, a Apple pode enfrentar problemas com os investidores? Investidores não gostam de incertezas, e, sem Jobs no topo, a Apple pode encarar um futuro incerto. Eu acredito que a empresa está em ótimas mãos, mas os investidores só sabem pensar no curto prazo.
 
     Qual sua avaliação sobre Tim Cook como CEO? Tim Cook é um insano – e isso é um elogio! Sua força e energia são lendárias. Assim como Jobs, Cook desafia incessantemente os empregados a fazer cada vez mais. Ele pode não ter a mesma "presença de palco" que Jobs tinha, mas é muito esperto, um grande comunicador, apaixonado pela Apple.

 

     Jobs e suas frases mais marcantes - Fonte: Juliano Barreto
 

      Avesso a entrevistas, Steve Jobs nunca escondeu suas opiniões fortes sobre inovação, sua filosofia de vida e a rivalidade com a Microsoft.
 
     Durante seus discursos e nas raríssimas entrevistas, Steve Jobs transbordava sinceridade e confiança. Sem nunca apelar para a falsa modéstia, ele elogiou os seus lançamentos e enalteceu a superioridade da sua empresa frente aos rivais. Confira, a seguir, uma lista de frases marcantes ao longo da carreira de Jobs.

“Nós apostamos em nossa visão, preferimos fazer isso do que fazer produtos do tipo “eu também”. Deixamos as outras empresas fazerem isso. Par anos, a meta sempre será o próximo sonho” (lançamento do Macintosh, 1984)
 
“Se, por alguma razão, nós cometermos grandes erros e a IBM triunfar, meu sentimento é de que a computação entrará numa Idade das Trevas por uns vinte anos”
 
“Você quer passar o resto da sua vida vendendo água com açúcar ou quer uma chance de mudar o mundo?” (frase usada para convencer o então CEO da Pepsi, John Sculley, a assumir a Apple)
 
“É mais divertido ser um pirata do que entrar para a marinha”
 
“Infelizmente, as pessoas não se rebelam contra a Microsoft. Eles não conhecem nada melhor”
 
 “Se eu soubesse, em 1986, o quanto eu iria gastar para manter a Pixar funcionando, duvido que eu teria comprado a empresa”
 
“Eu tenho um plano que pode salvar a Apple. Só posso dizer que é um produto perfeito com a estratégia perfeita. Mas ninguém me ouve” (Em 1995, quando estava exilado da própria empresa)
 
“Eu valia um milhão de dólares quanto tinha 23 anos, 10 milhões dólares aos 24  e  100 milhões aos 25. Mas isso não foi importante, pois nunca fiz nada por causa de dinheiro”
 
(entrevista cedida em 1996)
 
“O único problema da Microsoft é não ter bom gosto. Eles absolutamente não têm bom gosto. Digo isso de uma forma geral, no sentido de que eles não constroem ideias originais, não colocam sua própria cultura nos produtos”.
 
“Fico entristecido, não pelo sucesso da Microsoft, pois eles o mereceram. Meu problema está no fato de eles sempre fazerem produtos de terceira linha”
 
“Devemos deixar de lado essa noção de que para a Apple ganhar, a Microsoft tem de perder. Temos de abraçar a noção de que para a Apple ganhar, a Apple tem de fazer um bom trabalho” (durante a MacWorld Expo, em 1997, quando a Microsoft investiu 150 milhões de dólares para ajudar  Apple)
 
“O iMac é computador do ano que vem por 1 299 dólares, não o computador do anos passado por 999 dólares” (lançamento do iMac, em 1996)
 
“É muito difícil criar produtos baseando-se em pesquisas. Muitas vezes as pessoas não sabem o que elas querem até que você mostre a elas”
 
“Criamos botões que ficam tão bem na tela que você vai querer lambê-los”
 
(Em 2000, no lançamento da interface Aqua, para o Mac OS X)
 
“Eu trocaria toda a minha tecnologia por uma tarde com Sócrates”
 
“Nós pensamos que, basicamente, assistimos TV para desligar os nossos cérebros e que trabalhamos no computador quando queremos liga-los”
 
“Eu sou a única pessoa que conheço a perder um quarto de bilhão de dólar em um ano... isso é bastante importante na construção do caráter”
 
“Nossos amigos do norte gastam mais de cinco bilhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento e tudo o que eles parecem fazer é copiar o Google e a Apple”
 
(recado para a Microsoft no Worldwide Developer's Conference, em 2006)
 
“Ninguém quer morrer. Até as pessoas que desejam ir para o céu não querem morrer para chegar lá"
 
“Seu tempo é limitado, então não gaste o vivendo a vida de outra pessoa”

 

     O inventor das coisas que você não sabia que precisava - Luciano Suassuna do IG

     A partir do final da década de 1970 quando Steve Jobs e Bill Gates iniciaram sua história de competição e amizade no incipiente mercado de informática, só um deles soube enxergar o futuro. Era uma era de equipamentos caros, que rapidamente ficavam obsoletos. A Microsoft entendeu que a chave do sucesso seria fazer o comprador transformar esse investimento em ganhos de produtividade e assim dominou o mundo corporativo com seus softwares de apelo individual. Bill Gates anteviu onde aquela indústria nos levaria e venceu a primeira corrida contra a Apple – a da produtividade econômica.

     Steve Jobs no lançamento do Macbook Air: a Apple mudou os consumos de música, telefonia, informação e lazer digitais
 
     O que Bill Gates não percebeu é que Steve Jobs estava, na realidade, 20 anos à frente daquele futuro. No lugar de desenvolver empresas, ele queria facilitar a vida das pessoas. O Macintosh (era assim, por extenso, que se escrevia o nome do principal produto da Apple), portanto, foi moldado para conquistar mentes e corações dos que precisavam criar: arquitetos, designs, publicitários, cineastas, músicos – era esse o primeiro e fiel público da Apple. O Mac era um equipamento muito mais caro que seu concorrente. Mas para os artistas da criação, o PC com seu Windows eram quadrados demais para fazer frente em funcionalidade, liberdade ou beleza. Envenenados pela mordida na maçã, essa tribo de inovadores fez da Apple uma empresa “cool”, dona de produtos de vanguarda, visualmente atraentes.
 
     Em 1993, quando uma incipiente internet ameaçava reinventar o futuro dos computadores, Bill Gates ficou preso às redes corporativas. “A internet?”, disse ele numa entrevista. “Nós não estamos interessados nela.” Cinco anos se passaram, e ele reconheceu que o futuro havia mudado sem sua participação. “As vezes somos pegos de surpresa”, disse em julho de 1998. “Por exemplo, quando a internet veio, a gente a tinha como quinta ou sexta prioridade.” A primeira vitória de Bill Gates se deu, na realidade, na última corrida do século passado – e agora o resultado dela já não tinha mais importância.
 
     O mundo estava entrando na era Google e em muitos pontos a filosofia da nova gigante do mundo digital era similar à da Apple: facilite a vida das pessoas, seja confiável, ágil, organizado, simples. Processadores cada vez mais rápidos e potentes, servidores baratos e de grande capacidade de armazenamento transformaram a economia e a criatividade: música, texto, fotos, conversas, documentos, vídeos, planilhas, gráficos, jogos (e agora até amizades, namoros, aventuras e viagens) – tudo resumido a bytes, guardado e acessado em qualquer ponto do ciberespaço.
 
     E então o futuro chegou onde Steve Jobs o imaginara mais de duas décadas antes e a Apple saiu na frente na primeira corrida do século XXI – a da economia criativa. Ele mudou os consumos da música com o iPod, da telefonia com o iPhone, da informação e do lazer digitais com o iPad. Steve Jobs liderou uma empresa que inventou muitas coisas que você não sabia que precisava. E daquilo que parecia supérfluo, ele fez uma necessidade de consumo, um instrumento cotidiano, e revestiu-lhe do mais importante: o valor sentimental.

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