Aguarde por gentileza.
Isso pode levar alguns minutos...

 

Sonhos e comportamentos - Airton Carlini

Enviado por Gilberto Godoy
sonhos-e-comportamentos---airton-carlini

   Andei pesquisando a respeito dos livros que contém a palavra Sonho em seus títulos.

   Achei um monte. Perdi a conta. Sobre Gestão então, nem se fala. Vários livros excelentes. Alguns até best-sellers. Eu mesmo já li vários.
   
   E o que eles têm em comum?

   Não vale responder a palavra Sonho.

   Não. Não é isso que eles têm em comum.

   O que eles têm em comum, é que todos foram escritos por pessoas que foram muito além de seus sonhos. Não sonharam apenas. Executaram.    Fizeram. Trabalharam muito e muito duro.

   Uns falam que sonhar grande ou pequeno dá o mesmo trabalho, portanto é melhor sonhar grande. Pode ser, não sei. O que é grande para uns pode ser pequeno para outros. Não vou ficar aqui discutindo semântica e nem o quanto é grande ou pequeno um sonho. Respeito o sonho de cada um.

   Lembrei-me até do Clássico de Origenes Lessa escrito em 1938 (o google me salvou na data)     “O Feijão e o Sonho” que relatava um pouco sobre a dicotomia entre duas irmãs uma casada com um importante empresário e outra com um poeta. Nada contra os poetas. O livro apenas queria demonstrar as necessidades e dificuldades daqueles que sonham frente às benesses daqueles que realizam.

   O fato é que não importa onde pretende chegar, seja longe ou perto, é preciso dedicação, empenho, esforço, planejamento e principalmente ação.

   A cada dia que passa mais me convenço de que quem “vence” na vida é porque trabalhou muito. Não importa o que pretenda, o mais importante de tudo é fazer com dedicação. Com amor. Perder algo, deixar algo, abrir mão para alcançar uma meta maior e mais desafiadora. Só atinge realmente o seu sonho quem enfrenta desafios. Perde muitos. Muitas vezes, mas encara novamente. Com mais força e afinco. Reconhece suas derrotas se reorganiza e corre em busca de novos desafios e novas vitórias.

   Gosto muito de uma frase, centena de vezes repetida pelo jogador Oscar que afirma não ter “Mão Santa” como apregoam, mas sim” Mão treinada”.

   Acredito muito nisto. Acredito em sorte também, mas sei que sozinha ela não te leva a lugar algum.

   A vida me ensinou muita coisa. Nada perto do que deveria saber, mas um pouco sim, e este pouco me dá a tranquilidade de afirmar que é preciso de muita força de vontade para fazer seus sonhos acontecerem. Já tive muitos e em algum momento acreditei que os perdi. Hoje percebo claramente que não perdi. A verdade é que não me dediquei como devia. Não fiz o dever de casa do modo correto e nem com a intensidade necessária.

   Não se trata de arrependimento até porque se arrepender neste momento pouco adiantaria. Trata-se isto sim, de uma constatação clara de que é preciso muita dedicação. Muito mais do que está imaginando agora enquanto lê este texto. Muita mesmo.

   Sonhe. Sonhe muito. O quanto puder. Sonhar faz bem, entretanto tenha em mente que mais importante do que sonhar é fazer. Um pouco que seja.    Todos os dias. Fazer que o seu sonho realmente se transforme em realidade e que você viva o que sonhou. Esta realidade pode ser muito mais difícil do que imagina mas também pode ser muito mais atraente do que no sonho. Depende de você. Faça um plano de ação e execute-o. Cansei de ver planos de ação maravilhosos que nunca saíram do papel. Faça do seu plano a sua realidade. Corrija quando necessário, retorne ao início se for preciso mas se este for o seu sonho verdadeiro faço-o acontecer.

   Se eu tivesse que deixar uma mensagem para minha única filha que se encontra na fase da sua adolescência sonhadora eu diria com certeza: "Acreditar nos seus sonhos só é possível se você trabalhar muito para que eles se tornem verdadeiros”.
   Faça. Faça muito. Faça bem feito. Faça com paixão. Com prazer. Com emoção. Este sim é um sonho para ser vivido não importa qual tenha sido.

Comentários

Comente aqui este post!
Clique aqui!

 

Também recomendo

  •    Étienne de La Boétie morreu aos 33 anos de idade, em 1563. Deixou sonetos, traduções de Xenofonte e Plutarco e o Discurso Sobre a Servidão Voluntária, o primeiro e um dos mais vibrantes hinos à liberdade dentre os que já se escreveram.  Toda a sua obra ficou como legado ao filósofo Montaigne (1533 – 1592), seu amigo pessoal que... (continua)


  •    É duro aceitar que algumas pessoas são mais capazes e mais afortunadas do que outras. Há muito suspeitava que um dia as mulheres mais bonitas iam ser de alguma forma castigadas por nossa sociedade. Meu temor, em parte, se confirmou. Incluindo aí também um castigo para os homens mais bonitos. E por quê?   (continua)


  •    Hoje voltou o frio. Veio como havia muito não vinha. Gelou o ar, esfriou o sofá da sala, resgatou meias, casacos e dores do fundo de uma gaveta que emperra como não quisesse abrir. Chegou sabe-se lá de onde, do pacífico, dos polos congelados, do sul do país. Não importa. Aqui faz frio. Em seu sopro fresco e úmido, esse frio há de aquecer os ímpetos de alguém.   (continua)


  •    Existe no português uma palavra chamada solitude, que diferente de solidão é uma solidão voluntária, escolhida, desejada. Nós não somos muito acostumados a ligar vontade com solidão, por isso a palavra solitude é pouco usada. É meio óbvio pensar que as sociedades antigas só podiam dar nomes àquilo que elas viam ou que existia, pois é...   (continua)


  •    O professor de História, no seu primeiro dia de aula, entra e os alunos nem percebem, conversando, falando ou jogando no celular. Ele escreve na velha lousa um imenso H, e depois vai desenhando cabeças com bigodes e barbas, enxada, foice. A turma foi prestando atenção, trocando risinhos, e agora espera curiosa.    (Continua)


  •    Uma boa reflexão sobre o que podemos ser. 
      "Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista...   (continua)


  •    “Se por um instante Deus se esquecesse de que sou uma marioneta de trapos e me presenteasse com mais um pedaço de vida, eu aproveitaria esse tempo o mais que pudesse... Possivelmente não diria tudo o que penso, mas definitivamente pensaria tudo o que digo. Daria valor às coisas, não por aquilo que valem, mas pelo que significam.   (continua)


  •    "O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.   (continua)


Copyright 2011-2024
Todos os direitos reservados

Até o momento,  1 visitas.
Desenvolvimento: Criação de Sites em Brasília