Aguarde por gentileza.
Isso pode levar alguns minutos...

 

O maior vexame da história do nosso futebol

Enviado por Gilberto Godoy
o-maior-vexame-da-historia-do-nosso-futebol

   O que vimos hoje no Mineirão tem explicação. Aliás, nada acontece mesmo por acaso. Hoje assistimos uma vitória da competência sobre a malandragem. O que vimos hoje foi uma lição doída, uma aula de futebol que deve servir pra vida, para a sociedade, para o povo. Serve de exemplo para gerações de crianças que saberão que para vencer na vida tem que estudar, treinar, repetir e evoluir. Temos que acabar com a noção de que brasileiro é sempre melhor, especial, esperto, tem gingado como ninguém. A Pátria tem que ensinar aos seus filhos que futebol não é tudo, futebol é um jogo, um esporte que merece respeito mas que a sociedade é muito maior que isto.

   Futebolísticamente fomos fracos, sem estrutura, com uma comissão técnica incompetente, desatualizada, ultrapassada. Pode uma equipe profissional de futebol viver com um técnico supersticioso e que trabalha 'a mente dos atletas', com sua psicóloga chegando na equipe durante a competição, numa crise? 

   Hoje foi a "morte anunciada" do modelo de gestão e administração do nosso futebol. Precisamos mudar na raíz as estruturas, não só as do esporte mas as do modelo de gestão da nossa sociedade. O futebol é um instrumento que pode servir a isto. Se o futebol é a 'Pátria de chuteiras', ou 'a guerra moderna', fomos humilhados e temos que curar as feridas. Precismos mais que nunca de mudanças! Em todos os níveis.

   Não podemos continuar a ser o país do jeitinho, onde o importante é vencer a qualquer custo, onde a simulação de faltas serve para esconder nossas fraquezas. Não podemos continuar a dar exemplo do mal feito. Não podemos aceitar políticos fichas-sujas, caras de pau voltarem a vida pública sob a égide da Justiça. Precisamos de um país que se orgulhe do seu futebol mas também se orgulhe da educação de seu povo. Que país é este?

   Que as lições deste vexame histórico seja nosso maior legado e que não seja apenas no futebol. Se não mudarmos já, corremos o risco deste esporte tão belo e alegre pagar o preço de uma sociedade falida e desestruturada. 

Comentários

Comente aqui este post!
Clique aqui!

 

Também recomendo

  •    Étienne de La Boétie morreu aos 33 anos de idade, em 1563. Deixou sonetos, traduções de Xenofonte e Plutarco e o Discurso Sobre a Servidão Voluntária, o primeiro e um dos mais vibrantes hinos à liberdade dentre os que já se escreveram.  Toda a sua obra ficou como legado ao filósofo Montaigne (1533 – 1592), seu amigo pessoal que... (continua)


  •    É duro aceitar que algumas pessoas são mais capazes e mais afortunadas do que outras. Há muito suspeitava que um dia as mulheres mais bonitas iam ser de alguma forma castigadas por nossa sociedade. Meu temor, em parte, se confirmou. Incluindo aí também um castigo para os homens mais bonitos. E por quê?   (continua)


  •    Hoje voltou o frio. Veio como havia muito não vinha. Gelou o ar, esfriou o sofá da sala, resgatou meias, casacos e dores do fundo de uma gaveta que emperra como não quisesse abrir. Chegou sabe-se lá de onde, do pacífico, dos polos congelados, do sul do país. Não importa. Aqui faz frio. Em seu sopro fresco e úmido, esse frio há de aquecer os ímpetos de alguém.   (continua)


  •    Existe no português uma palavra chamada solitude, que diferente de solidão é uma solidão voluntária, escolhida, desejada. Nós não somos muito acostumados a ligar vontade com solidão, por isso a palavra solitude é pouco usada. É meio óbvio pensar que as sociedades antigas só podiam dar nomes àquilo que elas viam ou que existia, pois é...   (continua)


  •    O professor de História, no seu primeiro dia de aula, entra e os alunos nem percebem, conversando, falando ou jogando no celular. Ele escreve na velha lousa um imenso H, e depois vai desenhando cabeças com bigodes e barbas, enxada, foice. A turma foi prestando atenção, trocando risinhos, e agora espera curiosa.    (Continua)


  •    Uma boa reflexão sobre o que podemos ser. 
      "Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista...   (continua)


  •    “Se por um instante Deus se esquecesse de que sou uma marioneta de trapos e me presenteasse com mais um pedaço de vida, eu aproveitaria esse tempo o mais que pudesse... Possivelmente não diria tudo o que penso, mas definitivamente pensaria tudo o que digo. Daria valor às coisas, não por aquilo que valem, mas pelo que significam.   (continua)


  •    "O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.   (continua)


Copyright 2011-2024
Todos os direitos reservados

Até o momento,  1 visitas.
Desenvolvimento: Criação de Sites em Brasília