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Papa reconhece história violenta do cristianismo

Enviado por Gilberto Godoy
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      Philip Pullella - Reuters

     Assis, Itália - O papa Bento 16 reconheceu na quinta-feira, "com grande vergonha", o uso da força pelo cristianismo em sua longa história, mas disse que a violência em nome de Deus não tinha mais lugar no mundo contemporâneo.

     O papa se pronunciou durante um evento ecumênico pela paz, no qual recebeu cerca de 300 líderes religiosos do mundo todo - entre cristãos, judeus, muçulmanos, hindus, zoroastristas, taoistas, xintoístas e budistas.

     "Como cristão, gostaria de dizer neste momento: sim, é verdade, ao longo da história a força foi usada em nome da fé cristã", disse em discurso às delegações reunidas na basílica de Assis, cidade natal de São Francisco.

     "Conhecemos isso com grande vergonha. Mas está muito claro que isso foi um abuso da fé cristã, algo que evidentemente contradiz sua verdadeira natureza", afirmou.

     Essa foi uma das raras vezes em que o papa se desculpou por eventos como as Cruzadas ou o uso da força para difundir a fé no Novo Mundo. O falecido papa João Paulo 2o se desculpou em 2000 pelas falhas históricas do cristianismo.

     Bento 16, que em seu discurso condenou o terrorismo, disse que a história também demonstrou que a negação de Deus pode gerar "um nível de violência que não conhece limites". Ele disse que os campos de concentração da Segunda Guerra Mundial revelavam "com total nitidez as consequências da ausência de Deus".
 

Comentários

  • por: joão carmelino dos santos filho em sábado, 29 de outubro de 2011
    É um avanço significativo o Lider maior da Igreja Católica reconhecer que, em nome da fé cristã, houve abusos e violências praticadas contra seres humanos. Em particular, a escravidão de negros africanos trazidos para o Brasil na época colonial foi realizada com a "benção" de determinados cristãos. Em verdade havia um pensamento consolidado sobre a escarvidão, o que podemos ver no Sermão do Padre Antônio Vieira, quando afirma que “É melhor ser escravo no Brasil e salvar sua alma que viver livre na África e perdê-la”. E mais, segundo o Senador Charles Davidson, do estado do Alabama, mostrando que a Bíblia defende a escravidão “Pessoas que rejeitam a escravidão obviamente rejeitam Deus e sua palavra, porque rejeitam o que Deus diz e preferem escutar o que dizem simples humanos sobre a escravidão. Este pensamento humanístico era típico dos abolicionistas.” Insustentável, portanto, que as instituições históricas não reconhecam suas violências realizadas no passado, especialmente, escravagista.

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