Aguarde por gentileza.
Isso pode levar alguns minutos...

 

Descobertos quatro planetas habitáveis

Enviado por Gilberto Godoy
descobertos-quatro-planetas-habitaveis


     Um grupo internacional de pesquisadores, fuçando dados de arquivo de busca por planetas fora do Sistema Solar ao redor das menores e mais comuns estrelas do Universo, encontrou oito novos candidatos, dos quais possivelmente quatro são mundos habitáveis.

     Todos entram na categoria das “superterras” — planetas maiores que o nosso, mas mais modestos que Netuno, o menor dos gigantes gasosos em nosso Sistema Solar. O mais próximo está a apenas 17 anos-luz de distância, uma ninharia em termos cósmicos. (Um ano-luz é a distância que a luz atravessa em um ano, cerca de 9,5 trilhões de quilômetros.)

     Ele orbita a estrela Gliese 682 e tem uma massa mínima 4,4 vezes a terrestre — o que faria dele um planeta com 1,5 vez o diâmetro do nosso planeta, se tivesse a mesma composição. Ele completa uma volta em torno de seu sol a cada 17 dias terrestres.

     O sistema mais interessante dentre os recém-descobertos, contudo, pertence à estrela Gliese 180, a 38 anos-luz de distância. Lá, dois planetas diferentes se encontram na chamada “zona habitável” — a região do sistema planetário em que um planeta do tipo terrestre seria capaz de preservar água em estado líquido na superfície. Trata-se da condição mais essencial para a vida como a conhecemos. O mais interno deles dá uma volta em torno de seu sol a cada 17 dias, e o mais afastado completa um ano em 24 dias.

     Finalmente, o quarto mundo habitável descoberto pela equipe liderada por Mikko Tuomi, da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, gira em torno de Gliese 422 e completa uma translação em 26 dias.

     Não é o caso de estranhar que todos esses mundos, apesar de receber radiação mais ou menos equivalente à que a Terra ganha do Sol, completem seus giros anuais tão mais depressa que nosso mundo, que executa uma volta a cada 365 dias. O Sol é uma estrela amarela, bem maior que as anãs vermelhas a que o estudo diz respeito. Quanto menor a estrela, mais perto dela fica a zona habitável.

     O estudo, feito com dados colhidos pelos instrumentos HARPS e UVES, ambos do ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile, foi publicado no periódico “Monthly Notices of the Royal Astronomical Society”.

     Para descobrir os oito novos planetas e confirmar a existência de outros dois já apontados por outro grupo, a equipe analisou dados de 41 estrelas anãs vermelhas. Uma análise estatística sugere que planetas de baixa massa — muitos deles possivelmente réplicas da Terra — são extremamente comuns ao redor desses astros. Os resultados sugerem que cada uma dessas estrelas deve ter pelo menos um planeta de baixa massa, e possivelmente muitos mais.

     A notícia é sobretudo animadora porque as anãs vermelhas representam 76% de todas as estrelas da Via Láctea. Deve haver Terra para tudo quanto é lado na nossa vizinhança. E as atmosferas desses mundos poderão em breve ser estudadas pelo Telescópio Espacial James Webb, que a Nasa quer lançar em 2018 para suceder o Hubble. Talvez daí venham os primeiros sinais de vida extraterrestre. A busca está esquentando.

     Fonte: por Salvador Nogueira via Mensageiro Sideral / Folha de S.Paulo

 

Comentários

Comente aqui este post!
Clique aqui!

 

Também recomendo

  •      Resultados da experiência OPERA, no CERN surpreendem cientistas ao indicarem que neutrinos podem viajar mais rápido que a luz. Resultados que podem pôr em causa Teoria da Relatividade de Einstein. Caso o evento seja confirmado por outros cientistas, a física terá, praticamente, de ser reinventada.   (continua)


  • "... Que milagre é o homem?
    Que sonho, que sombra?
    Mas existe o homem?"
    ...
    C.D. Andrade


  •    A bordo de um avião da United Airlines para Nova York, o matemático Welington de Melo pediu um copo de vinho. Seu companheiro de viagem, Artur Avila, pediu outro. A aeromoça desconfiou: “Que idade você tem?” Artur tinha 19 anos, com jeito de menos, e ficou sem o vinho. Era...   (continua)


  •    Em busca de nossas origens cósmicas. Sensacional! O filme leva você a uma viagem para a 5000 metros de altura Planalto Chajnantor, onde ALMA está, no ambiente único do Deserto de Atacama do Chile.   (continua)


  •    Ivan Oliveira - Folha de S.Paulo / Tendências/Debates: Ciência, tecnologia, inovação.
       A relação entre ciência, tecnologia e inovação segue uma ordem de causa e efeito que não pode ser invertida. Não se retira uma vaca de um copo de leite. É um grave equívoco pensar que...   (continua)


  •    Uma série de experimentos em temperaturas ultra frias demonstraram um fenômeno conhecido como "perda de nêutrons", no qual por alguma razão estas partículas subatômicas desaparecem por curtos períodos. Ainda que considerem diversas possíveis explicações...   (continua)


  •      Stephen Hawking fala sobre questões do universo. Mistérios...


  •      Até agora as ecografias nos proporcionavam uma informação limitada sobre o sexo do feto, pois nas primeiras semanas de gravidez os órgãos sexuais do feto ainda não estão desenvolvidos. Isto pode mudar graças a um teste desenvolvido por uma equipe de cientistas da empresa espanhola MyGEN.   (continua)


Copyright 2011-2025
Todos os direitos reservados

Até o momento,  114015830 visitas.
Desenvolvimento: Criação de Sites em Brasília