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Oração - Fernando Pessoa

Enviado por Gilberto Godoy
oracao---fernando-pessoa

"Senhor, que és o céu e a terra,
que és a vida e a morte!
O sol és tu e a lua és tu e o vento és tu!
Tu és os nossos corpos e as nossas almas
e o nosso amor és tu também.
Onde nada está tu habitas
e onde tudo está - (o teu templo) - eis o teu corpo.

Dá-me alma para te servir e alma para te amar.
Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra,
ouvidos para te ouvir no vento e no mar,
e meios para trabalhar em teu nome.

Torna-me puro como a água e alto como o céu.
Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos
nem folhas mortas nas lagoas dos meus propósitos.

Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos
e servir-te como a um pai.

Minha vida seja digna da tua presença.
Meu corpo seja digno da terra, tua cama.
Minha alma possa aparecer diante de ti
como um filho que volta ao lar.

Torna-me grande como o Sol,
para que eu te possa adorar em mim;
e torna-me puro como a lua,
para que eu te possa rezar em mim;
e torna-me claro como o dia
para que eu te possa ver sempre em mim
e rezar-te e adorar-te.

Senhor, protege-me e ampara-me.
Dá-me que eu me sinta teu.
Senhor, livra-me de mim."
 

Comentários

  • por: Gilberto Godoy em sexta-feira, 28 de setembro de 2012
    Valeu Adri. Obrigado.
  • por: ROSILDA ALVES DE OLIVEIRA em quarta-feira, 3 de outubro de 2012
    Oração fantástica. Agradeço a este incansável caçador de perólas.

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  • Sophia de Mello Breyner Andresen
    "Para enfrentarmos juntos o terror da morte
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    (continua)


  •     Poema do "poeta dos escravos" Antonio Frederico de Castro Alves (1847-1871), declamado pelo ator Paulo Paquet Autran (1922-2007)


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  • "Manhã de outono, noite de inverno:
    duas estações repartem ao meio, o dia.
    O fôlego renovado do vento faz dançar folhas órfãs.
    A força retocada do frio faz tremer nuas árvores.
    E, enquanto a noite suspira neblinas,
    estrelas pendem de cansaço e sono.
    (continua)


  •    Um poema inédito de Fernando Pessoa foi encontrado em um  "livro de autógrafos" com um manuscrito de do poeta na última página. A escritores como Fernando Pessoa, tem-se sempre a ideia de que já não há mais nada a descobrir sobre eles. Afinal, no caso do poeta português, já se passaram mais de 80 anos da morte.   (continua)


  • Vamos, não chores.
    A infância está perdida.
    A mocidade está perdida.
    Mas a vida não se perdeu.
    (continua)


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