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Gládio – Fernando Pessoa

Enviado por Gilberto Godoy
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“Deu-me Deus o Seu Gládio, porque eu faça
        A Sua santa guerra.
Sagrou-me Seu em génio e em desgraça
As horas em que um frio vento passa

        Por sobre a fria terra.
Pôs-me as mãos sobre os ombros e dourou‑me
        A fronte com o olhar:
E esta febre de Além, que me consome,
E este querer-justiça são Seu Nome
        Dentro em mim a vibrar.

E eu vou, e a luz do Gládio erguido dá
        Em minha face calma.
Cheio de Deus, não temo o que virá,
Pois, venha o que vier, nunca será
        Maior do que a minha Alma!”

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